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Obtendo algo a partir do nada

A Proteak, especialista em exportação de toras de teca, aventurou-se no setor de eucalipto no México de uma maneira bastante corajosa.

Quatro homens sorrindo orgulhosos em frente a uma placa da Wood Proteak que diz “nós valorizamos as operações florestais”.

(Da esquerda para a direita) Gary Olsen, Oscar Perezbolde Martinez, Enrique Espinosa e Raphael Riaño na sede da Proteak, na Cidade do México.

A Proteak já percorreu um longo caminho desde que iniciou suas operações florestais em 2000, com uma plantação de teca de 180 hectares em Nayarit, no México, uma região com tipo de solo e clima semelhantes ao do sudeste asiático, onde a teca pode ser encontrada.

Dez anos mais tarde, em 2010, a empresa listou suas ações na Bolsa de Valores do México. A essa altura, as plantações da Proteak tinham aumentado para 4.700 hectares (11.600 acres). Durante todo o período de operação da empresa, a colheita da teca era feita manualmente. Somente em 2013, quando a empresa adquiriu uma plantação de 8.000 hectares de eucaliptos em Tabasco, uma região onde chove 2.800 mm por ano, que a colheita mecanizada passou a ser uma meta do COO da Proteak, Enrique Espinosa. Nessa época, a Proteak adquiriu terras para desenvolvimento em Tabasco e iniciou a construção da planta de MDF de prensagem contínua nas proximidades das plantações. Foi nesse momento que se iniciou a parceria com a Tigercat.

O 845C equipado com uma serra série 5000 em uma área verde em uma das plantações de 12 anos da Proteak.

O 845C equipado com uma serra série 5000 operando em uma das plantações de 12 anos da Proteak.

Visitamos as operações florestais com Oscar Perezbolde Martinez e Hugo Palafox. Oscar é responsável pelo fornecimento de cavacos de eucalipto para a fábrica. Seu trabalho engloba todo o processo, começando na floresta com o sistema de colheita de propriedade da empresa, passando pela contratação de transporte até a fábrica e terminando no momento em que as toras são colocadas no trituradora local. Hugo é gerente de colheita das plantações de teca no México. Em todas as partes, é possível notar o progresso da empresa e dos seus funcionários. Por exemplo, a primeira ação de Oscar ao chegar no local foi fazer uma inspeção aérea da operação com um drone.

O feller buncher em uma luta constante contra os cipós e a vegetação rasteira.

O feller buncher em uma luta constante contra os cipós e a vegetação rasteira.

As plantações de eucalipto adquiridas em 2013 tinham menor qualidade do que o novo estoque de clones que a Proteak está plantando a uma taxa aproximada de 2.000 hectares (4.950 acres) por ano. As plantações negligenciadas e envelhecidas, com média de quatro árvores por metro cúbico, têm dificuldade em se desenvolver por causa dos cipós e da vegetação rasteira. É um trabalho muito difícil para um feller buncher, mas a qualidade das plantações melhorará em breve. Vimos plantações perfeitas e extensas, com taxas de crescimento fantásticas, genética superior, gestão ativa e melhor controle de vegetação. O resultado desses esforços será uma rotatividade de cinco anos e, consequentemente, a melhoria da produtividade dos sistemas de colheita.

O skidder 630D da Proteak trabalhando em um feixe de árvores. Para transporte em pequenas distâncias, o operador Geraldo Monzon utiliza o Turnaround®, movendo-se para a frente e para trás, do talhão para a plataforma.

O skidder 630D da Proteak trabalhando em um feixe de árvores. Para transporte em pequenas distâncias, o operador Geraldo Monzon utiliza o Turnaround®, movendo-se para a frente e para trás, do talhão para a plataforma.

Já haviam sido feitas colheitas em algumas partes do território florestal adquiridas inicialmente para atender às demandas do mercado na época. Tais áreas foram deixadas para talhadia. Essas áreas de talhadia tinham uma qualidade tão baixa que a Proteak adquiriu dois mulchers M726E para nivelá-las, aplicar boas práticas de preparação do local e plantar material novo. Os dois mulchers trabalharam de forma contínua desde 2013, acumulando 6.000 horas de funcionamento. Agora, a Proteak as utiliza para a preparação do local, removendo vegetações novas, triturando tocos e destruindo o material residual das áreas onde foram feitas colheitas. Esse método de preparação do local e de gestão da vegetação oferece muitas vantagens. Ele evita todos os efeitos ambientais negativos da queima e devolve nutrientes ao solo. A matéria orgânica também retarda o estabelecimento de uma nova vegetação, possivelmente diminuindo a frequência ou a concentração de aplicações futuras de herbicidas. Como a necessidade de remover material acaba por diminuir no futuro, as máquinas podem ser facilmente realocadas como feller bunchers, pois são especificadas com sistema hidráulico multifunções e adaptador de lança de fixação rápida.

O mulcher Tigercat prepara um local de trabalho para replantação.

Os mulchers da Tigercat oferecem um método eficaz e eficiente para a preparação do local antes da replantação.

Raphael Sanchez é o gerente da área de colheita e supervisiona um conjunto de três máquinas: um feller buncher 845C, um skidder 630D e uma carregadeira T250B. O sistema de colheita é simples e eficaz. Atualmente, o 845C corta, em média, 200 troncos por hora ou 600 m³ por dia em plantações mais antigas (o eucalipto pesa cerca de uma tonelada por metro cúbico). O buncher está sempre lutando contra os cipós e a vegetação rasteira e já completou 4.000 horas de trabalho. As árvores são transportadas para a beira da estrada e cortadas em pedaços de seis metros de comprimento com uma T250B equipada com uma serra de garra Rotobec-MSU. A carregadeira constrói duas filas — uma para as toras e outra para as copas, que também são levadas para a fábrica para serem usadas como combustível (no final, a fábrica terá capacidade líquida de energia positiva a partir da queima de resíduos, devolvendo energia à rede). As toras permanecem no campo por dois meses para secarem e, então, são transportadas para a fábrica com casca.

Cinco homens em frente a um skidder Tigercat usando equipamento de segurança.

(Da esquerda para a direita) Geraldo Monzon, operador de skidder, e Raphael Sanchez, gerente da área de colheita, junto com Oscar Perezbolde Martinez, Hugo Palafox e Gary Olsen, da Tigercat.

 

A T250B é equipada com uma serra de garra de grande capacidade. Ela organiza as toras em pilhas de seis metros e empilha as copas separadamente. É uma operação muito simples, sem desgalhamento, descascamento ou desperdícios. As copas são transportadas para a fábrica, também para serem usadas como combustível.

A T250B é equipada com uma serra de garra de grande capacidade. Ela organiza as toras em pilhas de seis metros e empilha as copas separadamente. É uma operação muito simples, sem desgalhamento, descascamento ou desperdícios. As copas são transportadas para a fábrica, também para serem usadas como combustível.

Uma grande vantagem da operação de colheita é que a fábrica não exige toras descascadas. Isso permite que a Proteak tenha uma T250B relativamente simples na beira da estrada, em vez de um processador e uma carregadeira. Atualmente, 600 m³ de fibra são fornecidos para a fábrica por dia. Entretanto, a fábrica ainda não está operando com sua capacidade total. Com a melhoria do fornecimento de fibra, a Proteak pretende adquirir um segundo sistema de colheita e abrir uma segunda linha nas instalações de MDF de prensagem contínua 24 horas, aumentando a capacidade de entrada de fibra para 1.000 m³ por dia. Devido à alta pluviosidade anual, não é possível manter o transporte contínuo de troncos através do sistema rodoviário. Por isso, o depósito de madeira acumula um estoque de três dias. Além disso, o armazém tem capacidade para 10.000 m³ de cavacos, o equivalente a 3.000 m³ de madeira em troncos. Em 2013, tudo era apenas um plano bem estruturado. Hoje, a fábrica emprega 120 pessoas e fornece para 30% do mercado doméstico de painéis de MDF (anteriormente, 95% do MDF consumido no México era importado). A Proteak emprega mais de 1.000 pessoas e faz a colheita de 200.000 m³ dos seis milhões de metros cúbicos anuais produzidos pelo México.

Vista externa da nova fábrica de MDF. Ela está totalmente equipada com a tecnologia alemã mais recente de prensagem contínua.

A nova fábrica de MDF está totalmente equipada com a tecnologia alemã mais recente de prensagem contínua.

Hoje, além dos 10.000 hectares (25.000 acres) de eucalipto, a Proteak também tem 8.000 hectares (20.000 acres) de teca, tudo com certificação FSC. As toras de teca são exportadas para a Índia e para a China para a produção de móveis. Nesses países, também existe mercado para o compensado de teca. Embora a maioria da receita proveniente da teca tenha origem na Costa Rica e na Venezuela, a Proteak está agora colhendo 1.000 m³ desse material por ano no México.

 

O uso de mulchers da Tigercat para a preparação do local e a gestão da vegetação oferece muitas vantagens. Ele evita todos os efeitos ambientais negativos da queima e devolve nutrientes ao solo.

 

Exemplos de compensado de teca da Proteak.

Exemplos de compensado de teca da Proteak.

Recentemente, a empresa começou a testar métodos manuais-motorizados para a colheita de teca, usando um skidder e um feller buncher com descascamento manual. Esta maneira diferente de pensar trouxe mudanças e novas experiências, como o emborrachamento das pinças da garra do skidder. Apesar dessa experiência de colheita mecanizada exigir mais trabalho para eliminar as quebras e outros tipos de dano às valiosas toras de teca, Hugo, Enrique e toda a equipe estão projetando uma nova fábrica, que utilizará um sistema manual-motorizado para produzir toras dentro dos padrões de qualidade que a empresa já apresenta com a colheita totalmente manual. A Tigercat e a Proteak continuam a trabalhar em conjunto, portanto, fique atento às novidades do México.

Contêineres de painéis de MDF empilhados em um armazém.

A fábrica está agora fornecendo para 30% do mercado mexicano de painéis de MDF.

 


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