Skip to content

Madeireira das Montanhas Rochosas

Os lenhadores Jamie e Mel Jordan sabem como avaliar e mitigar riscos. Eles falam sobre a mudança para uma nova província, a abertura de um novo negócio e o que influencia a decisão de comprar um cabeçote de processamento novo no mercado.

— Paul Iarocci

Jamie e Mel Jordan se mudaram das montanhas Kootenay, no sul da Colúmbia Britânica, para a região leste das Montanhas Rochosas em 2010. A serraria Pope & Talbot em Castlegar havia fechado em 2008 e, nas palavras de Mel, a indústria local estava “instável”. Como operador experiente de equipamentos, Jamie rapidamente conseguiu trabalho com uma equipe em Alberta. Dois anos depois, sua família o seguiu, e eles se estabeleceram em Rocky Mountain House.

Em 2015, representantes da serraria West Fraser, em Sundre, procuraram Jamie. “Eles queriam começar a trabalhar em terrenos íngremes”, lembra ele. “Com nossa experiência na Colúmbia Britânica, em operações de yarder e em terrenos muito inclinados, parecia ser a combinação perfeita.” Assim nasceu a Sunrock Contracting. Nos primeiros cinco anos, a empresa operava em 200-300 km de distância. “Percorríamos todos os talhões antigos, limpando as áreas íngremes que os lenhadores convencionais tinham deixado para trás havia anos”, explica Jamie.

Recentemente, a Sunrock foi designada para talhões nunca antes explorados. Jamie explica que a serraria tenta alocar os empreiteiros que vão trabalhar em terrenos muito inclinados em blocos mistos. “Para qualquer área convencional existente, eles tentam corresponder um terreno suficientemente inclinado. Assim, é possível fazer as duas coisas; porque é claro que com uma inclinação acentuada a produção não é das melhores. Se for possível fazer a extração convencional ao mesmo tempo, o volume é compensado.”

Jamie estima que, nos últimos anos, cerca de 60% da área explorada pode ser trabalhada convencionalmente, enquanto os 40% restantes exigem algum tipo de assistência por cabo. Esses locais de trabalho ficam aproximadamente a metade da distância da cidade, reduzindo significativamente o tempo de deslocamento.

Embora a especialização da Sunrock seja relativamente comum na Colúmbia Britânica, as habilidades de Jamie são uma exceção em Alberta. Ele diz que há sete empreiteiros da West Fraser na FMA, mas apenas a Sunrock e mais um são especialistas em terrenos muito inclinados.

Uma das principais diferenças entre a extração no sul de Alberta e as regiões de maior volume no norte é a sazonalidade. Jamie afirma que a serraria de Sundre está entre as mais produtivas da West Fraser. “Nós simplesmente temos que trabalhar o terreno que está à nossa frente. Em média, operamos onze meses por ano. No norte de Alberta, eles precisam trabalhar em áreas baixas. Então a operação só se inicia em outubro ou novembro e vai até março. Nós trabalhamos até maio e paramos um pouco em maio e talvez início de junho. Tudo depende da umidade, mas retomamos assim que o tempo melhora.”
No verão, Jamie mantém a equipe em turno único, cinco dias por semana. “No inverno é quando produzimos mais e aumentamos o processamento para 24 horas por dia. Às vezes, o carregamento e a movimentação das toras demoram um turno e meio. Mantemos o skidder em turno único e nunca precisamos de turno duplo para o buncher. Ele sempre está adiantado, especialmente quando chegamos nas partes mais íngremes, que reduzem bastante nosso ritmo.”

A Sunrock opera um Teleforest, um yarder simples com garra e cabo único, equipado com um carro de descida. Os equipamentos terrestres incluem um feller buncher LX830D e um shovel logger LS855D Tigercat. Ambos podem ser acoplados a um guincho auxiliar Timbermax adaptado a um Hitachi 350. Embora Jamie tenha comprado seu primeiro Tigercat – um skidder 632E – em 2017, ele é fã da marca há anos. Em 2000, ainda na Colúmbia Britânica, ele operou um dos primeiros skidders 630B do Canadá. Atualmente, a Sunrock opera dois skidders grandes de quatro rodas, incluindo o 632E, que já tem 11.000 horas de uso. O yarder e os skidders alimentam dois processadores, sendo um deles um novo Tigercat 850 equipado com o primeiro cabeçote de colheita 573 já vendido. Jamie opera uma única carregadeira. No entanto, ele também pode carregar caminhões com o LS855D equipado com garra de carga.
A Sunrock também possui uma escavadeira e um trator de esteira para construção de estradas. “Quando chegamos a um novo talhão, geralmente inspeciono toda a área antes de começar a extração, para definir onde vamos construir as estradas. As serrarias sugerem locais para as estradas, mas às vezes isso é bom apenas para os caminhões, não para a extração. Quando uso o guincho auxiliar, preciso de uma estrada em determinado local para poder empilhar a madeira onde o skidder consiga alcançá-la.”

Jamie explica que o terreno acidentado das montanhas faz com que os declives variem muito. O plano pode parecer bom no mapa ou no GPS, mas Jamie sempre inspeciona pessoalmente o local antes de tomar as decisões finais. No ano seguinte à colheita, as equipes de plantio iniciam o replantio. Em seguida, outro executor contratado entra em cena para trabalhar nas estradas do talhão. Por fim, essas estradas recuperadas são replantadas, reiniciando o ciclo de manejo.

Nas encostas mais extremas, o feller buncher Tigercat com o guincho auxiliar são os primeiros equipamentos no local. Concluído o corte nas áreas mais íngremes, o shovel logger toma o lugar do guincho auxiliar na operação, movendo as toras para locais acessíveis aos skidders ou ao yarder. Jamie diz que eles normalmente trabalham com distâncias de extração de até 300 metros. “Eu empilho tudo onde o skidder possa alcançar. Evito ultrapassar 90 metros sem ter uma trilha ou ponto de coleta”, diz Jamie. “Além disso, o chassi inferior é muito exigido, e o movimento das toras deixa de ser produtivo.”

Jamie afirma que os equipamentos da Tigercat são especialmente adequados para as operações em montanhas. “Sou fã da Tigercat”, diz Jamie. “Já operei a maioria dos equipamentos, e eles são superiores a qualquer outro, especialmente para nosso trabalho especializado em terrenos muito inclinados. Têm muito mais vida útil e é fácil revendê-los. São muito bem projetados, e os engenheiros realmente ouvem nossas necessidades.”

Embora seja evidente que Jamie gosta dos produtos Tigercat, isso não explica totalmente por que ele comprou o primeiro cabeçote de colheita 573 do mundo. Alguns poderiam dizer que foi uma decisão arriscada. “Sim, com certeza”, admite Jamie. “O processador é algo que simplesmente não pode parar. Cada dia de operação é crucial.”
Jamie gostou da plataforma 850 e da eficiência energética da máquina-base. “Pensei: se vou optar pela Tigercat, que seja em tudo.” A Wajax levou o 850 equipado com o 573 para testes no local de trabalho. Depois de operá-lo, Jamie chegou a uma conclusão: “Havia várias coisas que queríamos mudar”. Ele explica que os braços de garra não coletavam bem da pilha – o cabeçote tendia a torcer. Jamie e seus operadores acharam que as rodas de alimentação tinham torque excessivo e velocidade insuficiente. A lista de ajustes foi enviada aos engenheiros. Eles redesenharam os braços de garra, trocaram os motores das rodas de alimentação e fizeram outras melhorias. “Não foram mudanças enormes, mas suficientes. Quando o equipamento retornou ao campo, o operador não quis mais voltar à máquina anterior. Ele queria continuar no processador”, conta Jamie.

Esses ajustes e refinamentos no software foram decisivos para a compra do cabeçote. Um operador já havia trabalhado com uma Waratah 622B por 12.000 horas. “Quando a máquina chegou, eu provavelmente teria pedido demissão se fosse obrigado a trabalhar com ela. Depois das mudanças, digo que é a melhor máquina que já operei. Como eu disse, poder dar feedback e ver resultados concretos é muito importante para mim.”


SOU FÃ DA TIGERCAT. JÁ OPEREI A MAIORIA DOS EQUIPAMENTOS, E ELES SÃO SUPERIORES A QUALQUER OUTRO, ESPECIALMENTE PARA NOSSO TRABALHO ESPECIALIZADO EM TERRENOS MUITO INCLINADOS. TÊM MUITO MAIS VIDA ÚTIL E É FÁCIL REVENDÊ-LOS. SÃO MUITO BEM PROJETADOS, E OS ENGENHEIROS REALMENTE OUVEM NOSSAS NECESSIDADES.


— Jamie Jordan


Gordon Kyler, representante da fábrica da Tigercat e especialista em cabeçotes de colheita que vive em Sundre, Alberta, passou muito tempo na plataforma de toras das operações da Sunrock resolvendo problemas, interagindo com a equipe de engenharia e refinando o protótipo de um cabeçote de processamento de alta produção que pudesse ser comercializado. “Certamente o projeto de um cabeçote é difícil, mas Gord está cuidando disso. E a Wajax está aqui. Eles têm um bom mecânico e um bom caminhão de apoio. Ambos fizeram um ótimo trabalho. Não tenho palavras para descrevê-los.”

Jamie comenta positivamente sobre a alta capacidade e a qualidade do novo cabeçote para trabalhos pesados em comparação com o cabeçote anterior. “O tempo dirá, mas este cabeçote é muito mais robusto. É como as máquinas – elas são únicas em termos de longevidade e resistência.”

Negócio de família

Quando Mel chegou a Alberta, ela trabalhou cinco anos para uma empresa de serviços de helicópteros, envolvida em supervisão de canais e pesquisas de talhão de colheita para a West Fraser. Isso foi antes do início das operações da Sunrock. “Por coincidência, acabamos trabalhando bastante para a serraria”, diz Mel. “Analisávamos as pilhas de galhos para garantir que não havia pontos quentes. Em determinado momento, quando estávamos voando por aquele vale intocado, alguém me disse que Jamie trabalhava ali — em todo aquele terreno íngreme. É engraçado como nossas vidas se entrelaçaram ali, naquele momento.”

Mel lembra que, quando a Sunrock adquiriu o yarder, um representante da fábrica veio treinar os operadores. Embora ainda fosse funcionária da empresa de helicópteros, Mel participou do treinamento para, depois, treinar novos operadores. “Percebi que gostava daquilo. Quando estávamos conversando sobre contratar e treinar alguém, eu disse: ‘Acho que acabamos de treinar a pessoa – eu’. Então, me tornei operadora do yarder.” Mel trabalhou com o yarder por dois anos, e depois assumiu uma função administrativa na Sunrock.
Outra integrante da família trabalha na Sunrock há cinco anos como operadora de skidder. A filha Jayda começou na empresa assim que se formou no ensino médio. “Desde pequena, meu pai me levava para trabalhar com ele. Fiquei bastante interessada, então aprendi a operar um skidder e me apaixonei.” Grávida do seu primeiro filho, Jayda está passando por uma transição – de operadora de máquinas para administradora de saúde e segurança. Pergunto se ela algum dia voltará a operar máquinas. “Eu adoraria”, ela responde. “Mas os horários não são bons. Fica difícil cuidar de um bebê.” Ela ri. “Talvez eu possa trazê-lo.”

Jayda diz que trabalhar na indústria madeireira é incrível, uma ótima oportunidade de carreira e um ótimo estilo de vida. Ela também afirma que se acostumou a acordar muito cedo. Quando começou a operar um skidder, ficou nervosa. No entanto, ela diz que, com o tempo, tudo ficou natural. “É como se a máquina fosse uma extensão sua.”
Embora Jayda seja bastante modesta em relação às suas habilidades, seus pais afirmam que ela é uma operadora excelente e que operar um skidder é um trabalho muito sério. “Definitivamente, você pensa mais em cada movimento que faz”, diz Mel.

Jamie concorda. “Eu posso comparar o trabalho dela com o trabalho da maioria dos operadores do sexo masculino. E sim, você precisa manter a cabeça no lugar o tempo todo. Deslocar-se em uma estrada ou um terreno plano com um skidder é totalmente diferente do que costumamos fazer. Como a Jayda disse, você precisa chegar ao ponto em que o skidder seja uma extensão de si mesmo. Saber onde fazer o arrasto, onde colocar a lâmina.”
Cada máquina é parte de uma cadeia de operações, e a anterior determina a produtividade da próxima. O operador do buncher organiza as toras de forma otimizada para Jamie, que passa bastante tempo no shovel logger LS855D para posicionar a madeira de forma acessível aos skidders. “Há muito planejamento sobre como dispor a madeira para reduzir riscos aos operadores de skidder e à equipe”, explica. “No final do dia, todos precisam voltar para suas famílias. Não há razão para não priorizar a segurança.”

Os operadores de skidder, por sua vez, têm como foco as necessidades dos operadores do processador. “Quem tem experiência com exploração em ciclo contínuo e operações em terrenos muito inclinados conhece a forma mais eficiente de trabalhar e sabe como atuar em equipe de maneira tranquila. Empilhamos a madeira da direita para a esquerda, então quando o processador começa pelo lado esquerdo, as toras simplesmente rolam para fora. Elas se mantêm em ordem. Aqui temos um ambiente de equipe, e quem não se adapta a esse espírito coletivo simplesmente não permanece.”

Com uma equipe de sete a dez funcionários, a Sunrock tem baixa rotatividade. Muitos operadores vieram da Colúmbia Britânica. “Gosto de acreditar que somos justos e tratamos todos com respeito”, diz Jamie. “Ninguém quer ir embora. Os operadores trouxeram suas famílias para cá. É como uma extensão da nossa própria família.”

CONTEÚDO RELACIONADO

loader-icon

O dom de Rachel


A talentosa operadora de processador, Rachel Brink, impressiona com sua motivação, ética de trabalho e atitude positiva.


Apresentação do processador 850


O gerente de produto da Tigercat, Aaron Wilkes, apresenta o processador 850. Saiba mais sobre os principais recursos que diferenciam o processador para operações em beira de estradas Tigercat 850 das conversões de escavadeiras.


Produtos relacionados