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Competitividade nas estradas

Darío Valdés fala sobre sua paixão pelo setor florestal, buscando expandir e modernizar uma empresa, sempre com o objetivo de vencer.

— Jorge Victoria

A Transportes Valdés é um dos maiores e mais antigos empreiteiros florestais da região chilena de Maule. O empresário Darío Gustavo Valdés Muñoz é seu dono e diretor. A empresa tem sede em Constitución e bases em Chillán e Arauco. Um negócio que começou com um único caminhão foi transformado por Darío Valdés em uma grande empresa com centenas de caminhões, juntamente com equipamento dedicado ao carregamento e transporte de produtos florestais.

A empresa foi fundada em 1972 por Darío Omar Valdés, seu pai. Devido às escassas oportunidades de emprego em Constitución no final dos anos 60, Darío Omar juntou-se a um grupo de moradores locais. Acompanhados pelos seus representantes, eles marcharam para exigir que a Corporación de Fomento de la Producción (Corvo) estabelecesse sua fábrica de celulose em Constitución e assim gerasse mais empregos na cidade. Todos sabemos que a história é escrita pelos vencedores, e os habitantes de Constitución alcançaram seu objetivo. Em 1969 nasceu a Celulosa Constitución S.A. Alguns anos depois, Darío Omar, com um único caminhão, começou o que viria a se tornar uma próspera empresa de transportes. Os primeiros anos não foram fáceis. Darío Omar transportou polpa para Valparaíso e Puerto San Antonio, e cada viagem de ida e volta demorava quase três dias.

Depois, em 1979, a Celulosa Constitución S.A. e a Celulosa Arauco S.A. (outra fábrica de propriedade da CORFO) se uniram, resultando na criação da Sociedad Celulosa Arauco y Constitución S.A., mais conhecida como ARAUCO, uma das maiores empresas florestais da América Latina. Ao longo dos anos, a Transportes Valdés estabeleceu uma relação forte e duradoura com a ARAUCO, e Darío atribui grande parte do crescimento da sua empresa ao gigante florestal chileno. “Quando a ARAUCO foi criada, começamos a trabalhar com ela pouco a pouco.” Darío explica que até o ano 2000 sua empresa operava com turnos únicos. “Mas, depois de 2000, implementamos os turnos duplos. Acho que há uma excelente relação com o pessoal da ARAUCO”, diz Darío.

Continuar ou não?

A morte do pai de Darío em 2013 foi um momento decisivo para a empresa, trazendo a inevitável dúvida sobre continuar a operar o negócio ou não. A decisão ficou para Darío e sua mãe, Gloria Ximena. Darío disse que, quando o pai dele faleceu, perguntou à mãe: “O que vamos fazer? Vamos fechar a empresa ou continuar? Se continuarmos, teremos que fazer grandes mudanças e profissionalizar a organização.”
O primeiro passo de Darío foi contratar um gestor focado em fechar novos contratos. Ele contratou Enrique Soto Valenzuela, que é gerente da empresa até hoje. Em dez anos, a Transportes Valdés cresceu exponencialmente. A empresa passou de 50 funcionários em 2013 para quase 500 hoje. Darío acrescenta: “Poderíamos ter finalizado os negócios, vendido a maquinaria e investido em outras coisas. Mas decidimos continuar, e acho que foi a melhor decisão. Depois de dez anos, se fizermos as contas, o resultado é positivo.”

Hoje, a Transportes Valdés tem uma força de trabalho de quase 500 funcionários e uma grande frota de cerca de 200 caminhões florestais e carregadeiras, incluindo caminhões de carregamento automático, caminhões de madeira e celulose e carregadeiras montadas em caminhões. A impressionante frota de carregadeiras Tigercat, incluindo os modelos 220D e 220E, totaliza 26 unidades.

Darío diz que o rápido crescimento da empresa trouxe um desafio particular: o gerenciamento de pessoal. A solução envolveu delegar funções, formar uma equipe profissional e criar diferentes departamentos com áreas específicas de responsabilidade e vários níveis administrativos. “Quando você atinge um certo número de funcionários e um certo número de máquinas, talvez não conheça mais todo o seu pessoal. Não é fácil conhecer 500 pessoas. Precisamos delegar responsabilidade. A partir daí, o que um homem de negócios deve fazer? Gerenciar. Certifique-se de que as coisas que você quer fazer sejam feitas. Você não pode fazer tudo sozinho; no final, você precisa da ajuda dos seus funcionários. Então, é preciso ter uma boa equipe, que seja o mais profissional possível, porque isso garante uma eficiência muito maior”, explica Darío.

Darío destaca que o crescimento da empresa está diretamente ligado à qualidade. “Você entra no setor e busca firmar contratos, mas deve fazer um bom trabalho. À medida que os contratos são firmados, é necessário tentar fazer o melhor trabalho possível, porque essa é a única forma de apresentar à empresa bons indicadores e bons números. Ao fazermos o nosso melhor, ganhamos muitos contratos e também crescemos muito.”

Buscando o primeiro lugar, sempre

Darío Ignacio, o filho mais velho de Darío, está envolvido na empresa desde muito jovem e atualmente trabalha como diretor de gerenciamento de caminhões. Aos vinte anos, ele é responsável por cerca de 50 caminhões de coleta da empresa. Ele é apaixonado pelo setor florestal, mas também pelas corridas de carros. “É mais ou menos a mesma paixão”, diz Darío. “Assim como existe uma paixão pela silvicultura, existe uma paixão pelos carros de corrida.” Darío Ignacio convenceu o pai a ajudá-lo a competir com carros Fiat na categoria Fiat 600. Assim, Darío Valdés e Arturo Veas Araya, da Mecánica Araya, formaram a equipe Transportes Valdés. A categoria Fiat 600 apresenta carros vintage dos anos 60 recondicionados para a pista. Eles alcançam a velocidade de 125 km/h.
Darío Ignacio, ou “Tato” como é conhecido no setor, já venceu várias vezes. Ele foi eleito o melhor novo piloto na sua categoria pelo Club de Automovilismo Deportivo (CAD) de Cartagena em 2023. Sem dúvida, herdou o caráter competitivo do pai. Seja na pista ou nos negócios, Darío Valdés está sempre em busca do primeiro lugar. Ele tem mais carregadeiras Tigercat 220 do que qualquer outra empreiteira no mundo. “O único problema que tenho é que sou muito competitivo e gosto de apostar. Quando me apaixono por algo, tento sempre lutar pelo primeiro lugar”, diz Darío.

Versatilidade no carregamento em beira de estrada

As carregadeiras montadas em caminhão são cruciais para o setor florestal chileno. Devido à geografia acidentada do Chile, esse tipo de carregadeira provou ser uma solução muito eficiente e apropriada, combinando excelente mobilidade com pequeno tamanho – ideal para operação em estradas estreitas e com curvas fechadas. Darío enfatiza que as máquinas não têm problemas para subir terrenos íngremes. Ele também afirma que é uma solução mais eficiente e móvel em comparação com uma escavadora de rodas. “A verdade é que esta carregadeira montada em caminhão permite o deslocamento para mais lugares e muito mais rapidamente. Tínhamos uma escavadora com pneus, mas seu deslocamento ficava entre 15 e 20 quilômetros por hora quando em operação. Um caminhão se desloca a 35 ou 40 quilômetros por hora. Acho que a versatilidade é o que levou à explosão das carregadeiras montadas em caminhão aqui.”

A Transportes Valdés opera principalmente nas propriedades da empresa ARAUCO nas áreas de Constitución, Chillán e Arauco. A frota da Tigercat carrega cerca de 160.000 metros cúbicos por mês, com capacidade de carregar 200.000 metros cúbicos durante os meses de pico. Cada máquina carrega entre doze e catorze caminhões diariamente. Com exceção da manutenção de rotina, toda a frota de 26 carregadeiras Tigercat opera diariamente.

Darío afirma que suas carregadeiras Tigercat 220E têm menor consumo de combustível do que outras marcas, resultado direto da evolução dos modelos, da hidráulica eficiente e da integração dos motores FPT. Ele também diz que elas são mais rápidas. Além disso, são bastante confortáveis – são as máquinas preferidas dos seus operadores. “Gosto dessa máquina. Sinto que não há necessidade de mudar para outra marca porque ela funciona bem.”

Latin Equipment, um parceiro-chave

O desejo de vencer e ajudar sua empresa a progredir levou Darío a procurar parceiros-chave para ajudá-lo a atingir seus objetivos e metas. A Latin Equipment é claramente um deles.

A experiência da Transportes Valdés com a Tigercat e a Latin Equipment foi satisfatória desde o início. Após observar carregadeiras Tigercat 220D em operação em outras operações madeireiras, Darío decidiu conversar com Cristian González e Rodrigo de la Sotta, representantes da Latin Equipment, para ver de perto o desempenho dessas máquinas. Satisfeito com o que observou, a Transportes Valdés iniciou sua relação com a Latin Equipment ao comprar oito carregadeiras 220D em 2017.
Darío enfatiza que a estrutura ágil da Latin Equipment foi um fator determinante para continuar a fazer negócios com eles. Ele destaca que ter a presença da Latin Equipment em Constitución é uma vantagem. A resposta rápida e eficiente e o apoio contínuo fizeram da Latin Equipment a parceira ideal para satisfazer as altas exigências e expectativa de uma empresa do porte da Transportes Valdés. “Fiz várias perguntas depois de ter fechado negócio com a Latin: Como a Latin se comportou? Ela nos apoiou? Ela forneceu ajuda? É a estrutura corporativa mais simplificada da Latin. A concorrência – vamos chamar assim – é uma empresa maior. Então, a comunicação e a papelada são muito confusas. Em geral, não gosto disso, porque perco muito tempo. Então, a experiência com a Latin foi boa. Se não tivesse sido boa, não teríamos voltado para adquirir o dobro de carregadeiras.”

No futuro, Darío espera continuar a trajetória de crescimento e expansão não só para outras áreas geográficas, mas também outros mercados. “Nossa visão é continuar crescendo. A pandemia nos afetou muito e de várias maneiras. Ela nos colocou em modo de espera. E agora, à medida que voltamos ao normal, queremos continuar crescendo.” Darío acrescenta que o apoio prestado por Pedro Venegas e Juan Velásquez, representantes da fábrica da Tigercat, tem sido crucial para o sucesso da Transportes Valdés. “Há muitos fatores a considerar. Ter um bom serviço, as peças necessárias, o apoio da marca quando preciso; tudo ajuda. Temos tantas máquinas Tigercat porque realmente acreditamos na marca e acreditamos na empresa que a representa, a Latin. Se não acreditássemos, não estaríamos trabalhando com ela.”

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